Você, um colchão velho?

VOCÊ, UM COLCHÃO VELHO?

Nesta semana me deparei com uma curiosa notícia publicada pela Folha on-line, e que trazia como título: Mulher joga fora colchão contendo US$ 1 milhão (de dólares). A história dava conta de que uma mulher israelense, para surpreender sua mãe, compra-lhe um colchão novo e manda jogar o velho fora, sem que aquela saiba. Quando a mãe chega em casa, quase desmaia ao perceber o que acontecera, e de como todas as economias de uma vida, acondicionadas naquele velho colchão, foram perdidas em alguns instantes. A filha israelense já procurou por este velho colchão em dois depósitos de lixo na região de Tel-Aviv, e agora está revirando o lixo num outro depósito nas proximidades do Mar Morto, protegida por alguns funcionários do local.
Será que nossa vida é assim? Será que também estamos abrindo mão de coisas valiosas, mesmo que não saibamos, em troca de novidades?
Não quero ficar filosofando sobre um velho colchão, mas acredito que temos realmente deixado grandes valores se perderem em busca dos prazeres mundanos. Quero me ater aqui ao casamento. Investimos neste relacionamento por anos. Aplicamos nele todas as nossas forças e todos os valores que acreditamos ser essenciais para uma vida plena com quem se ama. Usamos todos os seus benefícios para o nosso desfrute. Descansamos nele. Mas, de repente, percebemos que ele começa a se desgastar, e que, como tudo ao nosso redor, vai ficando com aspecto de velho, de ultrapassado. Então, numa ação de profunda “ousadia” ou inconsciente “loucura”, nos desfazemos deste tão precioso relacionamento, alegando que as coisas estão mudadas, que não são mais as mesmas, e que agora os sentimentos devem ser trocados por sensações rejuvenescedoras e mais confortáveis. Porém, depois que isso acontecer, se deixarmos que aconteça, perceberemos que estamos abrindo mão de algo extremamente valioso. O resultado para quem perde este tipo de relacionamento, ou que se engana com sua aparência é, assim que perceber o equívoco, procurá-lo no lixo da vida por algo que possa desfazer ou ocupar o lugar do erro cometido.
Quando alguém joga um casamento fora, não perde apenas 1 milhão de dólares, mas perde também a confiança de seus filhos, filhas e amigos, perde a credibilidade, o equilíbrio, a sensatez, e finalmente a paz com Deus e com todos. Terá que gastar horas e horas a fio, perto do “Mar Morto”, para que, pelo menos, a sua honra seja minimizada, se isso for possível.
É certo que, para aqueles que já passaram por este processo e, quando se torna impossível por diversas razões, recuperarem o que foi perdido – a morte ou o casamento do outro(a) -, Deus possibilita que se casem novamente e encontrem em seu novo cônjuge motivo suficiente para lutar e “economizar” ainda mais desta vez, investindo neste novo relacionamento dia a dia. Mas se você está pensando em abrir mão do investimento de toda uma vida, faço coro com todos aqueles que acreditam que sempre há uma pobre alma que se contenta com a velha benção de alguém. Um colchão velho para alguns é um verdadeiro leito principesco para outros.
Isso não é uma ameaça, mas imagine o tanto de pessoas que está ao redor daquela lixeira esperando a israelense desistir de procurar seu colchão!
Pense muito bem nisso!
Pr. Josimar