Uma nova vida, para uma vida nova

20-07-2009 12:56
UMA NOVA VIDA, PARA UMA VIDA NOVA
Efésios 4.17 – 32
pregado em 19.07.09 - Manhã

O texto que lemos descreve como éramos, e como devemos ser a partir do nosso encontro com Cristo. Depois que Jesus garante em nós, através da salvação, a transformação do velho homem em um novo homem, Ele também quer, através de nossas atitudes, criar em nós um homem novo. Porque a vida antiga, sem Cristo, é inútil e sem sentido, e se baseia num coração endurecido, insensível, que nunca se sacia, mas mergulha na depravação, cometendo toda espécie de impureza.
Porém, a vida com Cristo exige que haja transformação na prática diária, despindo-nos da antiga vida, renovando nosso pensamento (Rm 12.2) e revestindo-nos de um novo modo de ser em Cristo, semelhantes a Deus. Retomar a imagem de Deus significa expressar justiça e santidade (ou retidão) v 24. Se não houver essas duas características na vida do cristão, é porque não há evidência da recriação divina.
Portanto, na caminhada do dia a dia, devemos apresentar frutos dessa justiça e santidade, que pode ser visto em algumas de nossas atitudes, a saber:
1) Abandono da mentira (v25): A “mentira é um grande obstáculo para o bom funcionamento do corpo. Quando os membros são francos e têm perfeita confiança uns nos outros, o corpo trabalhará em harmonia e, portanto, eficientemente. Não havendo franqueza e verdade, só pode haver desunião, desordem e problemas.” (Francis Foulkes em, Efésios, Introdução e Comentário, p 110)
2) Controle da ira (v26,27): É verdade que há situações em que devemos nos irar, mas Jesus nos dá o exemplo de que nunca podemos perder o controle de nossas ações na expressão deste “zelo” (Mc 3.5; Jo 2.13-17). Contudo, a ira pode ser consequência do desvio de um pensamento bom, levado ao extremo, e que pode se perder na expressão de sua ação, mudando o foco, por exemplo, do pecado para o pecador. Isso é algo que pode ser muito facilmente usado pelo Diabo. Por isso, é melhor não ir dormir com ela no coração.
3) Sustento digno (v28): O que furtava deve procurar trabalho honrado, lembrando que “a motivação cristã para ganhar não é ter o suficiente somente para si e para o seus, e então talvez para conforto e luxo, mas ter para dar aos necessitados.. Dar torna-se a motivação de obter.” (idem F. Foulkes, p 112)
4) O cuidado com as palavras (v29): Sempre devemos avaliar nossas palavras questionando se elas estão servindo de edificação e de apoio para o crescimento do meu irmão. PV 15.23 diz que “A palavra a seu tempo, quão boa é”.
5) Não entristeçam o Espírito (v30,31): O Espírito, que é Santo, e nos sela para a salvação, é uma pessoa, sofre como uma pessoa, e nos acompanha como uma pessoa. E aqui Paulo cita mais  seis coisas que podem contribuir para este entristecimento e, segundo Foulkes, podem ser entendidas assim: 1) amargura, ou seja, um espírito ressentido que recusa reconciliação; 2) indignação (ou cólera), ou seja, o surgimento súbito da irritação e agressividade devido à provocação pessoal; 3) ira, já tratada anteriormente, mas associada aqui á cólera; 4) gritaria, ou seja, a reivindicação da parte do homem irado em voz alta, fazendo com que todos ouçam sua queixa; 5) calúnia (ou blasfêmia), ou seja, uma acusação falsa ou abusiva contra um outro homem; e 6) maldade (ou malícia), ou seja, todo o tipo de mau sentimento, procurando evitar que, na vida cristã, se leve alguém a fazer ou falar mal de outrem.
Tudo isso depende, em última instância, da purificação dos nossos pensamentos, tornando-nos bondosos uns para com os outros e demonstrando esta bondade, que é o amor em prática, através do perdão mútuo.
Isso é possível porque o modelo já foi deixado por Deus, através de Cristo, que nos perdoou, mesmo com todas as nossas falhas. Somos igreja, e podemos, em Cristo, repetir seu exemplo de justiça e santidade, se deixarmos o Espírito Santo agir em nós, e nos apoiarmos mutuamente nesta caminhada. Você quer?
Pr. Josimar
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