TABERNACULOU PARA NOS SALVAR

26-05-2009 10:48
TABERNACULOU PARA NOS SALVAR
Jo 1.1-18
pregado em 08.02.09 – Noite

Quem nunca teve curiosidade em saber quem é Deus? Em ver a Deus? Os cientistas, os místicos, o homem comum... Mas alguns ficam temerosos porque dizem não ter pressa - referindo-se à sua morte. Neste sentido, ninguém quer dar o passo primeiro.
Certa vez, num retiro de pastores, alguém se referiu ao nome do Pr. José Vieira e complementou na seqüência: “Que Deus o tenha!”. Isso causou espanto em todos os presentes, que já imaginaram o “pior”. Mas o interlocutor explicou: “Que Deus esteja com Ele e o tenha em Suas mãos, assim como tenha em Suas mãos a cada um de nós...”

O que é ver a Deus? Moisés, certa vez, pediu para ver a glória de Deus [Êx 33.18] e Deus a revelou através de Sua bondade [Êx 33.19]. Ver a glória de Deus é receber a Sua bondade. Cristo é a maior prova da glória de Deus [v14]. Cristo quebrou a barreira entre o homem e a glória do Pai. Hoje, podemos ver o Pai em Jesus [v18; 6.46; 14.9], e receber vida de Suas mãos.
Deus tornou Deus conhecido. Por isso mesmo é Deus quem dá o primeiro passo em nossa direção. Ele mesmo se faz conhecer, se revela e, como auge desta revelação, habita entre nós. O texto que lemos diz que a Palavra se tornou carne e habitou – tabernaculou – entre nós. O próprio Deus se tornou história em Sua criação. Essa é a mensagem que João quer expressar aqui. “O prólogo [Jo 1.1-18] resume a forma como a Palavra que estava junto com Deus no princípio, entrou na esfera do tempo, da história, da tangibilidade – em outras palavras, como o Filho de Deus foi enviado ao mundo para tornar-se o Jesus da história, de forma que a glória e a graça de Deus pudessem ser manifestadas de modo singular e perfeito. O restante do livro não é nada mais que uma ampliação desse tema.”  O Deus por nós e o Deus conosco, transformando-se em homem, como nós, sem deixar de ser Deus.

Emil Brunner fala que o texto de Gênesis 1 depende do texto de João 1. Lá, Deus estabelece a criação; aqui, a nova criação [2 Co 5.17]. Tanto uma como outra só existem por e em Cristo. Contudo, a criação de Gênesis não tem valor completo sem a nova criação. A grande questão é que a nova criação em Cristo introduz alguns nesta história como filhos de Deus, e exclui a outros (vv12,13). João vai insistir no “restante do Evangelho... quem são os verdadeiros filhos de Deus” . A verdade é que ser membro da família de Deus só se dá por meio da graça – dom de Deus. Nunca é uma realização humana, conforme frisa o v.13. “Se nós devemos conhecer a Deus, nem racionalismo nem misticismo irracional serão suficientes: o primeiro reduz Deus a mero objeto, e o segundo abandona todos os controles. Mesmo a revelação de Escrituras antecedentes não pode competir com essa revelação.”  [Vide Hb 1.1,2] “Esta experiência não é devido a um processo natural, envolvendo a vontade do homem [v13]. Não é alcançada por nenhuma faculdade inerente do homem, mas por meio de um novo nascimento, provindo de Deus.” 
Mesmo assim, a dádiva depende da aceitação do homem, como deixam claro as palavras “receberam” e “creram”. [v.12]”   Receber e crer são respostas à revelação de Deus, e são decisões pessoais.

O propósito do Evangelho de João é que creiamos “que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, [tenhamos] vida em seu nome” [Jo 20.31]. O tempo presente do verbo ser [Jesus é] é importante para destacar que Jesus vive agora; e que teremos vida em seu nome agora.
“Quando [Cristo] chegou, não havia luz. Quando ele morreu, não havia trevas”  para os que cressem.
Deus foi quem tomou a iniciativa para nos salvar. Ele tabernaculou entre nós, para nos salvar.
O próximo passo deve ser o nosso.
Pr. Josimar
 

 

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