Roubando a Jesus

25-08-2009 15:32
ROUBANDO A JESUS
João 12
pregado em 23.08.09 - Noite

Jesus está caminhando para os momentos finais de Sua missão na terra, ou seja, a Sua crucificação. No caminho para Jerusalém e, para a Sua última Páscoa, Jesus passa por Betânia, onde Lázaro havia sido ressuscitado há pouco tempo. Enquanto se preparavam para um jantar, Maria efetua um gesto extravagante de temor e compaixão diante de Jesus, derramando-lhe perfume sobre os pés e enxugando-os com os próprios cabelos. Uma cena que precipitava a visão da morte de Cristo por nós. Contudo, Judas Iscariotes estava mais preocupado com o valor que poderia ser adquirido com a venda daquele perfume.
Diz-nos o evangelista que Judas estava mais preocupado em roubar a Jesus (v6). Qualquer um de nós pode facilmente se indignar com este ato de Judas mas, quando é que temos roubado a Cristo?
Isso pode ser visto pela continuação do texto. Diz-nos João que aqueles que viram os milagres que Jesus havia realizado (vv9,18) e que estavam se preparando para a Páscoa (v20), recebem a Jesus em sua entrada na cidade de Jerusalém com ramos de palmeiras e cânticos de alegria e esperança quanto ao Seu reinado entre todas as nações (v34). Porém, apesar de todos os sinais realizados por Jesus e das profecias do Antigo Testamento, muitos não criam em Cristo, o que faz cumprir estas mesmas profecias (v38-41).
Quando criam, não o faziam com convicção, “pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus” (v43)
Mas Jesus veio exatamente para esta hora, para entregar Sua vida em resgate de muitos e glorificar a Deus com este ato, entregando nas mãos de Deus as vidas daqueles que aceitaram o Seu testemunho. É a lei da semeadura e da colheita. Muitos roubarão este momento precioso de Deus. Como?
Não aceitar o testemunho de Cristo é roubar a glória que deveria ser dedicada a Deus.
Será que temos roubado a glória de Deus? Será que já entregamos totalmente nossas vidas a Ele?

De fato, Jesus não nos julga. Ele não veio para nos julgar, ou seja, “Ele não veio para ser juiz e pronunciar sentença sobre as pessoas” (F.F.Bruce em, João, Introdução e Comentário, p 237). Porém, Sua mensagem e Seu ato salvífico julgarão àqueles que não o aceitarem. É uma espécie de imputação “passiva”, ou seja, não pela ação de Cristo, mas pela omissão do Homem que não aceitá-lo.

Porém, àqueles que aceitarem a mensagem de Cristo, a oração ainda hoje deve ser a mesma que Jesus proferiu por toda a Sua vida, e nos Seus últimos dias: Pai, glorifica o Teu nome! (v28)
Nossas vidas existem para a glorificação de Deus, ou seja, em tudo o que fizermos, precisamos apontar para o grande amor de Deus por nós, e dar-lhe todo o crédito da salvação. Assim, cumprimos com Jesus a missão que Ele recebeu do Pai.
A salvação é assim! “Deus se alegra. Não porque os problemas do mundo tenham sido resolvidos, não por causa do fim da dor e do sofrimento humano, nem porque milhares de pessoas se converteram e agora estão louvando sua bondade. Não, Deus se regozija porque um de seus filhos que estava perdido foi achado” (Phillip Yancey apud Henri Nouwen em, Alma Sobrevivente, p 326)
Pr. Josimar
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