Para a glória de Deus

PARA A GLÓRIA DE DEUS
Rm  8.18–27
pregado em 27.09.09 - Manhã

 John Sttot diz que: “Sofrimento e glória são inseparáveis, uma vez que o sofrimento é o caminho para a glória (v 17); porém não são comparáveis. Precisam ser contrastados, não comparados” (John Sttot em: A Bíblia Fala Hoje - Romanos, p 286). Paulo diz que para ele, isso é assim também (considero - v18). Ele nos ensina que Deus planeja revelar Sua glória em nós (v 18), e a criação espera ansiosamente que os filhos de Deus sejam conhecidos (revelados - v19). Revelar significa “mostrar aquilo que estava oculto”. Ainda não conseguimos ver a glória de Deus, mas ela será revelada um dia. Mas uma coisa é certa: a glória esperada em Deus sobrepujará um muito o incômodo com os sofrimentos.
Talvez você se pergunte: Como saberemos que Deus se manifestará definitivamente um dia? Basta olhar para as promessas de Deus:
1) Deus reconciliará a criação; Pois... (vv20–23)
Provavelmente Paulo entendia por criação o domínio terreno que Deus sujeitou ao Homem (Gn 1:28 - criação inferior). Dificilmente fizesse referência ao Universo como conhecemos hoje. E exatamente por receber esta responsabilidade o Homem, ao cair em pecado, fez com que a criação também sofresse, pela sujeição à vaidade imposta por Deus, mas por culpa do Homem.
Sujeita à vaidade, a criação perdeu seu propósito principal, que é representar a glória de Deus. Deus nos criou para a Sua glória (Rm 1:20-21), mas o pecado nos afasta da glória de Deus (Rm 1:22-23).
A criação tem esperança de que, como ficou sujeita à vaidade (passado – 20), também possa ser libertada da destruição (corrupção - futuro - 21), e por isso geme como se ainda esperasse nascer o Homem que Deus planejou (presente – 22). Tem sido a gestação mais longa de que se tem notícia... A criação aguarda que nasçamos de novo (Jo 3:3)
James Sire escreve que “a humanidade é passível de remissão e tem sido remida. A história da criação e queda é contada em três capítulos do Gênesis. A história da redenção toma todo o resto das Escrituras”. (James Sire em: O Universo ao Lado, p. 42).
E se a criação geme, o próprio Homem geme aguardando a redenção de seu corpo.  Por isso recebemos os primeiros frutos (as primícias) do Espírito Santo (23). A presença do Espírito Santo em nós não é apenas evidência da graça de Deus, mas também é a garantia (Ef 1:14) da nossa glorificação em Cristo, por adoção (v 17).
2) Deus nos oferece a esperança da salvação; Pois... nesta esperança somos salvos. (vv24–25)
Paulo está dizendo que se a criação espera seu resgate, ainda mais nós (os que temos as primícias do Espírito – 23).
Ainda não se pode enxergar aquilo que esperamos. Se enxergássemos, não seria mais esperança. Contudo, nossa esperança é segura quando depositada em Deus, que já deixou o Espírito Santo habitando em nós como sinal da glória que virá. Quando nossas esperanças estão firmadas em Deus, não precisamos temer.
3) Deus promete o auxílio do Espírito Santo; Da mesma forma... (vv26-27)
Paulo enfatiza que o Espírito Santo se torna empático ao nosso sofrimento, e “geme conosco” ou “por nós”. John Piper diz que “a alma não teria arco-íris se o olho não tivesse lágrimas” (John Piper em: A Teologia da Alegria, p. 105)
 Assim, quando sofremos, Deus se curva para ouvir as nossas orações... Temos orado? Quando oramos, Deus “se inclina” para ouvir as nossas súplicas (Sl 40:1, 116:2).
Deste modo há três pessoas envolvidas na oração: O Homem, que é fraco; O Espírito Santo, que intercede de acordo com a vontade do Pai, e com gemidos indescritíveis; e Deus Pai, que sonda os nossos corações (Sl 139:1-4).

A conclusão é que o nosso pecado encerrou a criação à futilidade, e por isso sofremos. Mas Deus chegou ao máximo do sofrimento, quando enviou Jesus Cristo para morrer por nós, e assim nos resgatar, usando-nos para revelar toda a Sua glória. A promessa é que Deus vai libertar, através de nossa reconciliação, Sua criação, e que podemos esperar, pelo Espírito Santo que habita em nós, que a salvação está garantida.
Deus conhece os nossos corações, e sabe do que precisamos, para a Sua glória...




Não recebi nada do que pedi!
Pedi a Deus para ser forte a fim de executar projetos grandiosos,
e ele me fez fraco para conservar-me humilde.

Pedi a Deus que me desse saúde para realizar grandes empreendimentos
e Ele deu-me a doença para compreendê-lo melhor.

Pedi a Deus riqueza para tudo possuir,
e Ele deixou-me pobre para não ser egoísta.
Pedi a Deus poder para que os homens precisassem de mim
e Ele deu-me humildade para que Dele precisasse.

Pedi a Deus tudo para gozar a vida
e Ele me deu a vida para gozar de tudo.

Senhor, não recebi nada do que pedi
mas deste-me tudo o que eu precisava
e, quase contra a minha vontade,
as preces que não fiz foram ouvidas.

Louvado sejas ó meu Deus!

Dentre todos os Homens, ninguém tem mais do que eu!

(oração de um atleta americano que, aos 24 anos, ficou paralítico e encontrou Deus no sofrimento)
Pr. Josimar