Eu continuo confiando em Deus

EU CONTINUO CONFIANDO EM DEUS
Salmo 55
pregado em 26.07.09 – Noite
(IB Memorial de Sta. Bárbara do Oeste - SP)

Não é fácil viver em comunidade. Por isso mesmo, muitas vezes, a igreja se torna um grande paradoxo. Este deveria ser um lugar de total confiança de uns para com os outros, e cumprirmos o que está bem explícito em Tg 5.16, que diz: “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz...”.
Mas a pergunta é: Será que estamos preparados para isso? Pois deveríamos.
Esta era a queixa de Davi, provavelmente referindo-se ao episódio de 2 Sm 15-17, quando Absalão conspira traiçoeiramente contra o rei, seu próprio pai, Davi.
Davi parece que está numa situação muito difícil e, se pudesse, ganharia asas e fugiria para encontrar repouso, bem longe desses problemas. (vv6,7)
Mas não pode! Ele só pode confiar no Senhor, e esperar por sua salvação (v16).
Porém, o que mais incomoda o rei não é o fato de não poder fugir, mas o choro que não cessa o dia todo (v17), porque quem se levantou contra ele não foi um de seus inimigos ou adversários; destes ele poderia se defender, antevendo as suas ações (v12); “mas logo você, meu colega, meu companheiro, meu amigo chegado, você, com quem eu partilhava agradável comunhão enquanto íamos com a multidão festiva para a casa de Deus...” colocou-se como meu inimigo (vv13,14). Que tristeza!
E sabe como estes agem? Eles chegam de mansinho, como quem não querem nada, se aproximam de nós, ganham a nossa confiança, abrimos os nossos corações, e eles então atacam, iniciando suavemente, pois “macia como a manteiga é a sua fala, mas a guerra está no seu coração; suas palavras são mais suaves que o óleo, mas são afiadas como punhais” (v21).
Sabe por que isso acontece? Porque estes têm medo de ser amados. Por isso não conseguem amar. Pensam que receberam o amor de Cristo em suas vidas, mas se houvessem recebido, refletiriam este amor, e não a maldade... John Powell diz que “O medo mais universal do homem é o de ser descoberto, conhecido e então, rejeitado” (John Powell em, O Segredo do Amor Eterno, p 108).
Há pessoas assim em nosso meio: medrosos, que se tornam rancorosos, e se tornam amargos, e se tornam egoístas, e se tornam inimigos de qualquer coisa que os lembrem do amor de Deus.
Então, você deve estar se perguntando: por que eu deveria vir para a Igreja?
Em primeiro lugar porque, “em Jesus, Deus encontrou um meio de se relacionar com os seres humanos que não passava pelo medo” (Phillip Yancey em, O Jesus que Eu Nunca Conheci, p 39). Pois, neste amor, não deve existir medo. O perfeito amor lança fora o medo... aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor (1 Jo 4.18).
Em segundo lugar porque, só aqui, você encontrará outros que não precisam se defender diante das armadilhas de seus inimigos. Deus o fará por nós, e como é bom quando isso acontece. Aqui você pode fazer como o salmista: “Entregue suas preocupações ao Senhor, e ele o susterá; jamais permitirá que o justo venha cair” (v21).
E quando eu digo que aqui é o melhor lugar, eu preciso convidá-lo a entregar-se a Jesus Cristo, pois Ele é o único que pode nos justificar e o único meio de ingressar na paz com Deus (Rm 5.1). Isso, nenhuma cultura, sociedade, clube ou instituição poderá lhe oferecer, apenas Cristo.
Não sei o que isso significará para você, mas, “quanto a mim, porém, confio em ti”, meu Deus e meu Senhor! (v23b).
Pr. Josimar