É pela graça, apenas isso!

É PELA GRAÇA, APENAS ISSO!
Ef 2.1-10
pregado em 10.05.09 - Manhã

Não há como um médico atender uma pessoa que não aceite estar doente!
Neste texto, assim como em Romanos 1-8, a graça de Deus não é apresentada “até que se tenha tornado totalmente clara a carência desesperadora e a pecaminosidade universal do homem” (FRANCIS FOULKES, em Efésios, Introdução e Comentário, p 58). Isso pode parecer insignificante, mas é importante para o processo de aceitação do favor imerecido e do amor perdoador de Deus, afinal, ESTAMOS SENDO SALVOS DO QUÊ? O próprio apóstolo responde: - Estamos sendo salvos da ira de Deus (v 3b)
Porque, sem a ação divina, estávamos mortos em nossos pecados e delitos, à mercê da presente ordem deste mundo e do poder do Maligno, que ainda continua dominando àqueles que vivem na desobediência (v 1-3). Eugene Peterson diz que “o pecado é a recusa em se relacionar com Deus e que transborda para relacionamentos incorretos com outros... A imoralidade e o crime, em contrapartida, são as transgressões de regras ou padrões da sociedade, ou violações de outras pessoas. Nesse caso, o que está em questão é o comportamento, e não o caráter pessoal. O pecado, porém, é relacional. A recusa em tratar do pecado é a recusa em tratar de nossos relacionamentos. E, se não tratarmos dos relacionamentos, não podemos amar”. (EUGENE PETERSON, em A Maldição do Cristo Genérico, p 367). Isso se referia a TODOS NÓS.
TODAVIA (MAS, ENTRETANTO, TÃO SOMENTE) Deus nos alcançou com Seu grande amor, e deu-nos vida com Cristo, através de Sua graça, porque “...onde abundou o pecado, superabundou a graça” [Rm 5.20]. E a graça é assim: - Livre, imerecida, gratuita e consumada. G.K Chesterton diz que “o pior momento do ateu é quando ele está realmente grato e não tem a quem agradecer” (PHILIP YANCEY, apud, em Alma Sobrevivente, p 50). Fyodor Dostoievski diz que: “Em um mundo regido pela Lei, a graça se levanta como um sinal de contradição. Queremos justiça; o evangelho nos dá um homem inocente pregado numa cruz, que clama: ‘Pai, perdoa-lhes’. Queremos respeitabilidade; o evangelho exalta coletores de impostos, pródigos e samaritanos. Queremos sucesso; o evangelho inverte os termos, movendo o pobre e o oprimido para o centro das atenções e os ricos e famosos para os bastidores” (YANCEY, apud, p 146)
Essa vida com Cristo é resultado da Sua “ressurreição dentre os mortos e, assim, os homens, por sua vez, são ressuscitados de sua morte no pecado, e possuem uma nova vida com Cristo e em Cristo” [Rm 4.4-8; 8.11; 2 Co 4.14] (FOULKES, p 62), e que nos permitirá assentarmos, com Cristo, ao lado do Pai (v 6); ou seja, em paz com Deus.
Isso nos dá o dever de, como igreja, “mostrar... a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus” (v 7).
E é assim mesmo: apenas pela graça. Não há ação, mérito ou nada que o homem possa fazer, em obras ou em purificação pessoal, que afaste o verdadeiro significado da ação de Deus por nós. Basta ao homem receber esta graça com fé (v 8). “De acordo com uma regra das Escrituras ignorada com freqüência, não podemos ser obrigados a crer. Por sua natureza a fé requer aquiescência e participação, confiança e compromisso... Se formos ameaçados, seduzidos ou manipulados para crer, a consequência não será a fé, mas a intimidação, violação ou abuso. Nós nos tronaremos menos do que éramos,e não mais” (PETERSON, p 115)
A salvação é o presente (dom) de Deus para o homem que crê, e que assim, em Cristo Jesus, passa a responder com boas obras, para o louvor da glória de Deus [1.6,12,14]. A ação é exclusiva de Deus, a reação é nossa. A salvação é pessoal e eterna, pois é graça, e se alguém está em Cristo... 2 Co 5.17.
Henri Nouwen diz que “...a graça de Deus vem como um presente gratuito, mas somente aquele que estiver com os braços abertos poderá recebê-la” (YANCEY, apud, p. 316)
PELA GRAÇA SOMOS SALVOS. PRECISAMOS COMPARTILHAR ESTA VERDADE COM TODOS.

Pr. Josimar